O Suicídio de Meu Pai

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André Penteado
O Suicídio de Meu Pai
São Paulo, 2014
13.5 x 20 xm
160 p.
ISBN: 9788591666904

André Penteado descreveu assim o processo de criação de O Suicídio de Meu Pai:

“Meu pai, José Octávio, tinha 72 anos quando cometeu suicídio em 31 de janeiro de 2007, em São Paulo. Quando isto ocorreu, eu vivia há um ano em Londres. Durante este período, telefonemas e e-mails eram nossa única forma de contato.

Logo após receber a notícia, peguei minha câmera e comecei a fotografar. Foi uma maneira impulsiva e imediata de lidar com o acontecido. No dia seguinte, de manhã, voei para São Paulo. Chegando lá, fui diretamente do aeroporto para o velório, onde continuei fotografando, parando somente ao fim do funeral no dia seguinte.

Duas semanas mais tarde, ao experimentar algumas camisas de meu pai, percebi que elas ainda continham fios de seus cabelos e seu perfume. Decidi então levar todas as suas roupas para um estúdio e me fotografar vestindo-as. Após um ano sem nenhum contato físico, senti como se o abraçasse pela última vez.

Ao final daquele dia, vi jogados no chão do estúdio todos os seus cabides vazios e resolvi fotografá-los contra um fundo branco.
Depois de um mês em São Paulo, retornei a Londres. Lá, ao longo dos anos seguintes, carregando uma pequena câmera digital, produzi milhares de fotos. Em 2011, resolvi editar estas imagens e me dei conta que, entre fotos normais do dia a dia, uma concentração de imagens tristes, como objetos quebrados, lugares abandonados e ruas escuras. Percebi que de uma forma inconsciente eu expressava o meu luto.

Ao trabalhar em um livro de artista contendo as fotos do funeral, para uma exposição que realizaria em Londres, decidi incluir nele cópias das quatro cartas que meu pai havia deixado. Baseado em uma delas eu criei a última obra deste projeto: uma escultura em néon de sua assinatura. Como a carta era uma das últimas ações da sua vida e continha a última vez que assinara seu nome, percebi que aquelas letras possuíam um significado poderoso: com essa formalidade meticulosa, ele queria nos assegurar que ele estava certo sobre sua decisão”.

O projeto O Suicídio de meu pai foi premiado com o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger em 2013 e, no ano seguinte, foi transformado em livro.

Uma vez não conta

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Organizado por Maristela Salvatori
Ensaios visuais: Bruno Borne, Fernanda Puricelli, Lucas Strey, Marcos Fioravante, Mariane Rotter, Raquel Alberti e Taila Idzi.
Uma vez não conta
Porto Alegre, Marca Visual, 2019
21 x 21 cm
40 p.
ISBN: 978-85-61965-59-4

Foi editado entre 2018 e 2019, como atividade paralela ao Pure Print Porto Alegre – Brasil (Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2018), no decurso do Laboratório de Pesquisa em Processos Reprodutivos, disciplina do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAV/IA/UFRGS).

MMC

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Organizado por Maristela Salvatori
Alice Porto, Bethielle Kupstaitis, Flavya Mutran, Janaína Rodrigues, Kelly Wendt, Lívia dos Santos, Márcia Souza, Maristela Salvatori e Roseli Nery.
MMC: Mínimo Múltiplo Comum
Porto Alegre, 2013
15 x 21 cm
60 p. : il.
ISBN: 978-85-66106-08-4

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM surgiu para equacionar uma matemática difícil, conjugar interesses, metragens e tiragens. Constituiu um lugar de trégua, uma ferramenta operacional, um espaço para realizar um trabalho múltiplo ou transpor uma ideia de múltiplo.

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Mínimo Múltiplo Comum: impressões artísticas únicas e variadas.


http://gravura-ia.blogspot.com/2013/09/mmc-minimo-multiplo-comum.html

Zoológico Fernando Peres

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Fernando Peres e Silvan Kälin
Zoológico Fernando Peres
Recife, Aplicação, 2014
21 x 17,5 cm.
60 p.
Risografia
ISBN: 978-85-66593-02-0

A edição deste livro é baseada nas publicações na página do Facebook de Fernando Peres sobre a sua convivência com os seres do seu sítio no Lesbian Bar.

“Pô, é só um quintal trash numa parte esquisita de Recife. Recife, Monteiro, quase Poço da Panela. Na rua do Capibar. O mais doido é que é bem dentro da cidade. Um peido e você já está no centro. São 1 ser humano, 24 gatos, 2 cachorros, 2 preás, 2 catitas albinas, 2 ratas, 2 tartarugas, 7 saguis (soltos), vários sapos e timbús.” — Fernando Peres

O livro foi escolhido por Denise Gadelha entre os Melhores livros de fotografia em 2015 na revista Zum. “Este singelo livreto é extremamente intimista, tanto em sua linguagem como no método de impressão (…)“

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https://www.bancatatui.com.br/categorias/fotografia/zoologico-fernando-peres/

Livro branco

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Célia Cotrim
Livro branco (Pensamentos sonoros)
Rio de Janeiro, 2011
13 x 20 cm.
[54] p.
Jato de tinta
ISBN: 978-85-909888-1-6

Pensamentos sonoros foi um projeto que começou com instalações sonoras e consistia apenas em ouvir. A escuta como objeto de trabalho.

Os livros publicados são uma maneira de colocar o trabalho no mundo.

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“livro branco I

sobre um livro que nada tem a dizer
sobre umlivro que é apenas uma passagem, uma paisagem
de mim mesmo
para não morre
sobre um livro que se esconderá nas prateleiras
sobre um livro que serve apenas para eu continuar
nada deixará
porque é apenas presente
jamais será memória
um anti livro”

PUBLICAÇÕES

Un Arbre, Un Mur, Un Bassin

Guillaume Pinard
UN ARBRE, UN MUR, UN BASSIN
Paris, Semiose éditions, 2009
17 x 17 cm
isbn : 978-2-915199-46-8

Como uma extensão de seus desenhos animados, Guillaume Pinard propõe um novo livro de artista construído com sequências inéditas. Através da situação formal e discursiva de seus personagens, uma árvore, uma parede, uma piscina, Guillaume Pinard nos permite penetrar nos mistérios de seu universo fantástico e perturbador, feito de complexidades falsamente ingênuas e fascinantes onde o cômico está ao lado do cáustico.

http://www.printsthingsandbooks.com/objet/4811/un-arbre-un-mur-un-bassin

Dans le prolongement de ses dessins d’animation, Guillaume Pinard propose un nouveau Catalogue d’artiste construit au fil de séquences inédites. Par la mise en situation formelle et discursive de ses personnages, un arbre, un mur, un bassin, Guillaume Pinard nous laisse pénétrer dans les arcanes de son univers fantastique et inquiétant fait de complexités faussement naïves et fascinantes où le comique cotoie le caustique.

Noite

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Zé da Rocha
Noite
[Salvador], RV Cultura e Arte, 2016
16,5 x 33 cm.

A violência da condição humana, sutil e naturalizada. Um autorretrato de um artista que não se coloca como observador distante da realidade, mas como parte dela. O risco de se expor, ainda quando em busca de abrigo. Noite é tempo de incerteza.

https://www.bancatatui.com.br/categorias/ilustracao/noite/