Un Arbre, Un Mur, Un Bassin

Guillaume Pinard
UN ARBRE, UN MUR, UN BASSIN
Paris, Semiose éditions, 2009
17 x 17 cm
isbn : 978-2-915199-46-8

Como uma extensão de seus desenhos animados, Guillaume Pinard propõe um novo livro de artista construído com sequências inéditas. Através da situação formal e discursiva de seus personagens, uma árvore, uma parede, uma piscina, Guillaume Pinard nos permite penetrar nos mistérios de seu universo fantástico e perturbador, feito de complexidades falsamente ingênuas e fascinantes onde o cômico está ao lado do cáustico.

http://www.printsthingsandbooks.com/objet/4811/un-arbre-un-mur-un-bassin

Dans le prolongement de ses dessins d’animation, Guillaume Pinard propose un nouveau Catalogue d’artiste construit au fil de séquences inédites. Par la mise en situation formelle et discursive de ses personnages, un arbre, un mur, un bassin, Guillaume Pinard nous laisse pénétrer dans les arcanes de son univers fantastique et inquiétant fait de complexités faussement naïves et fascinantes où le comique cotoie le caustique.

1 2 3 4

_89c29092885de7824fcb38e4a79d66762b12ebe8

Lourdes Stamato de Camillis
1 2 3 4 
São Paulo, Pioneira, 1976
20 x 18 cm.
96 p.
ISBN:  9000001051835

“Este é um livro de ideias divido em  4 partes para o leitor exercitar suas capacidades em: 1- criatividade, psicologia; 2- habilidades criativas, desenvolvimento, psicologia infantil; 3- habilidades intelectuais, partindo também do desenvolvimento e psicologia infantil e, por último, 4- imaginação criativa.”

https://www.estantevirtual.com.br/livreirovillela/lourdes-stamato-de-camillis-1-2-3-4-editora-pioneira-719905680

Iluminuras IV

Sem título

Júlio Martins e Marco Antonio Mota
Iluminuras IV
Belo Horizonte, Nunc, 2016
16 x 13 cm
ISBN: 978-85-66283-06-8

Neste volume os autores exploram em seus exercícios visuais e textuais aspectos e temas ligados à infância. Os escritos, imagens, desenhos, fotografias, memórias, relatos e experimentos desenvolvidos pelos autores dedicam-se a colher registros e aprendizagens da infância. MAM e JM lidam com procedimentos da linguagem literária e visual para explorar e conhecer o mundo sob o estado infantil.

http://www.museumineiro.mg.gov.br/lancamentos/lancamento-do-livro-iluminuras-iv-de-julio-martins-e-marco-antonio-mota/

A Book of Lines

EDy4W3rGRnCcWOLJStTH_un-libro-di-linee_ING-1_1024x1024@2x

Paul Cox
A Book of Lines

Mantova (Itália), Corraini, 2006
21 x 29,6 cm
[48] p.
ISBN: 978-88-7570-019-5

Da fantasia ilimitada de Paul Cox, um dos artistas franceses mais apreciados, vem “Um livro de linhas”. Em vez de criar o clássico livro de colorir, Paul preparou o inverso: no papel, não há linhas, mas apenas cores nas quais você pode dar forma, contorno e sentido. E mais: também há espaço para palavras e histórias que podem surgir daquelas que parecem apenas pontos simples. Depois de “Intanto”, publicado pela Corraini em 2002, Paul Cox nos surpreende com um livro tão fácil em sua estrutura quanto genial em seu significado.

From the unlimited fantasy of Paul Cox, one of the most appreciated French artists, comes “A book of lines”. Instead of making the classic colouring book, Paul has prepared a reverse one: on paper there are not lines but only colours to which you can give shape, outline, sense. And more: there’s also space for words and stories that can come out from those that seem only simple spots. After “Intanto”, published by Corraini in 2002, Paul Cox amazes us with a book as easy in its structure as genial in its meaning.

A Book of Lines

La Marelle ou Pie in the Sky

weiner_marelle.jpg

Lawrence Weiner
La Marelle ou Pie in the Sky
Villeurbanne: Le Nouveau Musée / Institut d’Art Contemporain, 1990
[24] p.
brochura
offset, duas cores
20 x 20 cm
ISBN 2-905985-30-5

La Marelle ou Pie in the Sky foi publicado por ocasião de uma encomenda pública. Para a cidade de Villeurbanne, Lawrence Weiner fez uma instalação: três amarelinhas e inscrições no chão. A edição repete e repensa certos elementos da instalação urbana, organizados aqui de acordo com as restrições específicas do livro e a passagem de suas páginas.

La Marelle ou Pie in the Sky a été publié à l’occasion d’une commande publique. Pour la ville de Villeurbanne, Lawrence Weiner a réalisé une œuvre place Mendès-France : trois marelles et des inscriptions au sol. L’édition reprend et repense certains éléments de l’installation urbaine, organisés ici selon les contraintes propres au livre et au passage de ses pages.

O livro da Nina para guardar pequenas coisas

d9353168-2efa-423c-ac03-256b1e198b02
Keith Haring (Estados Unidos, 1958-1990)
O livro da Nina para guardar pequenas coisas
São Paulo, Cosac Naify, 2010
Português; capa dura
72 p.
23 x 31 cm
ISBN: 978-85-7503-888-8

Tradução: Alípio Correia de Franca Neto
Texto na quarta capa: Nina Clemente

Além de incentivar a criatividade e o imaginário, O livro da Nina para guardar pequenas coisas nasceu a partir de uma história de afeto entre o artista plástico norte-americano Keith Haring (1958-90) e Nina, filha do pintor italiano Francesco Clemente. Em seu aniversário de sete anos, a menina recebeu de Haring um livro inteiramente personalizado. Na mesma linha de Rabiscos (2009), de Taro Gomi, O livro da Nina é um objeto pessoal para desenhar, pintar, colar adesivos, folhas, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até pensamentos – desde que sejam pequenas coisas. Publicado agora em fac-símile, a edição brasileira conta, ainda, com um depoimento exclusivo da própria Nina Clemente, 22 anos após ter ganhado o presente.

As criações de Keith Haring marcaram as artes gráficas dos anos 1980. Seu traço se popularizou pelo mundo todo e é admirado até hoje por artistas da nova geração, como Osgemeos. Veio cinco vezes ao Brasil, uma delas para participar da Bienal de Arte de 1983.

O livro da Nina para todos

Seguindo a linha iniciada por Rabiscos (2009), de Taro Gomi, em que as crianças são convidadas a interferir no livro, por meio de desenhos e colagens, a Cosac Naify publica O livro da Nina para guardar pequenas coisas, do artista plástico norte-americano Keith Haring (1958-90). O livro foi um presente de Haring para Nina Clemente – filha do pintor italiano Francesco Clemente –, em seu sétimo aniversário. A edição brasileira traz, na quarta capa, um texto exclusivo da própria Nina, hoje com 28 anos:

“Ele tinha uma capacidade inata de transcender a vida adulta e foi meu melhor companheiro de infância, para além da nossa diferença de idade. […] Fiquei muito feliz ao saber que O livro da Nina para guardar pequenas coisas seria publicado no Brasil. Eu morei algum tempo no Rio de Janeiro e sei que Keith ficaria contente também: a energia, as cores intensas, o ritmo e a vibração deste país estão em sintonia com sua arte e seu modo de vida”.

Keith Haring deixou um legado de ícones famosos: pinturas, esculturas, colagens, desenhos no metrô, em camisetas etc. Sempre preocupado com que suas obras alcançassem o grande público, preferia “expor” nas ruas, lojas e clubes – as exposições em museus e galerias vieram bem depois. O artista queria um tipo de arte que fosse realmente pública. Para ele, era inconcebível pensá-la separada da vida real: “Para quê pintar se não se é transformado por seu próprio trabalho?”, costumava dizer. Seus desenhos, que têm na primazia da linha sua maior força, sobrevivem até hoje e são admirados por nomes da nova geração, como Osgemeos.

Escrito e ilustrado por Haring, a proposta de O livro da Nina para guardar pequenas coisas é tornar-se um objeto pessoal da criança, para desenhar, pintar, colar adesivos, folhas, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até pensamentos – desde que sejam pequenas coisas. “Se quiser colecionar coisas grandes, arrume uma caixa”, alerta nas instruções.

A edição original, um fac-símile daquela que a Nina ganhou em 1988, foi publicada somente após a morte do autor, em 1994. Para adequar ao leitor brasileiro um livro manuscrito, feito inteiramente de modo artesanal, a Cosac Naify empreendeu um cuidadoso trabalho de desenho e ajuste das imagens e da fonte – desenvolvida a partir da letra do próprio Haring. O papel foi pensado de forma a resistir a cola, canetinha, durex e outros materiais.

Haring visitou o Brasil cinco vezes. A primeira, como artista convidado da Bienal de 1983, quando pintou um painel que não existe mais na avenida Sumaré, em São Paulo. Nas viagens seguintes, costumava se hospedar em Ilhéus (BA), na casa do amigo e também artista Kenny Scharf, onde pintou murais e produziu telas e esculturas inspiradas na cultura brasileira. Sempre rodeado pelas crianças, ele deixou um registro em seu diário sobre sua relação com Nina Clemente:

“Alguns dias antes de voltar de Nova York, visitei Nina e Chiara Clemente, e ficamos desenhando juntos nas paredes de sua casa. Acho que esse foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. […] Tenho certeza de que fui um bom companheiro para muitas crianças e talvez tenha marcado suas vidas de forma duradoura, e lhes ensinado um pouco sobre o que é compartilhar e cuidar”. (Outubro de 1987, Keith Haring Journals, p. 239). Nina certamente concorda.

[fonte das imagens]