Poemóbiles

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Julio Plaza, 1938-2003 (Madri/ ESPANHA)
Augusto de Campos, 1931- (São Paulo/ BRASIL)

Poemóbiles
São Paulo, Brasiliense, 1985
19 x 21,9 cm.
12 folhas avulsas de poemas + folha de rosto
1.000 ex.

No Brasil, a experiência de livros-objeto nasce do encontro entre poetas e artistas visuais nos períodos Concreto e Neoconcreto (final dos anos 50 e começo dos anos 60). A poesia concreta foi fundamental para sublinhar aspectos formais e sonoros das palavras, fazendo com que se descolassem da sintaxe tradicional, inventando uma outra sintaxe poética-visual para o texto. Como desdobramento das ideias desse período, os livros-objeto de Augusto de Campos e Julio Plaza são bons exemplos. Objetos-poemas tridimensionais que se moviam à manipulação, ‘Poemóbiles’ é o resultado de uma parceria entre o poeta Augusto de Campos e o artista e teórico Julio Plaza.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

Colidouescapo

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Augusto de Campos (São Paulo, 1971)
Colidouescapo
São Paulo: Amauta Editorial, 2006. [2ª edição]
13.2 x 13.2 cm
36 p.
ISBN: 859039319-4

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Composto por 9 fólios, sendo um em branco, acondicionados em luva. A primeira edição foi publicada em 1971.

O título deste livro-poema foi extraído do Finnegans Wake de James Joyce: “collideorscape” – uma palavra-valise que, na sua versão para o português, junta as palavras “colide” + “ou” + “escapo”, à luz de um vocábulo abrangente “caleidoscópio”. A multipalavra sintetiza a proposta da obra: suas páginas soltas podem ser combinada e recombinadas; os fragmentos vocabulares se encontram e desencontram, formando ora palavras conhecidas, ora novas palavras imprevistas. O leitor participa, assim, da obra com as suas escolhas. Uma experiência pré-interativa, portanto. Numa carta datada de 8 de maio de 1971, Julio Cortázar pergunta a Augusto de Campos “¿pero es algo que se lee o que se vive, se crea, se modifica?”.

Esta obra foi lançada em edição de autor em 1971. Devido à natureza peculiar de sua paginação, não pôde ser incluída na coletânea maior de poemas que abrangeu esse período (Viva Vaia). A presente edição reproduz integralmente o projeto gráfico original, do próprio autor.

Augusto de Campos nasceu em São Paulo, em 1931. Poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música, em 1951 publicou seu primeiro livro de poemas, O rei menos o reino. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, dando início ao movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil, lançou a revista literária Noigrandes, origem do grupo de mesmo nome.

Uma amostra do livro pode ser vista aqui: http://www.erratica.com.br/opus/104/colidouescapo/

https://amautaeditorial.wordpress.com/catalogo/poesia/colidouescapo/

Reduchamp

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Reduchamp
Augusto de Campos, texto
Julio Plaza, iconogramas.
2ª Edição
São Paulo : Annablume, 2009.
17,5 x 17,2 x 0,8 cm.

‘Reduchamp’ é um poema-ensaio, num livro-poema em que Augusto de Campos reinventa a crítica da arte. Ilustrado com iconogramas do artista e teórico Julio Plaza, os autores expõem em imagens e versos, pura prosa porosa, a poética de Marcel Duchamp.

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