Lenora de Barros
O que une – separa
São Paulo, ikrek, 2014
15,5 x 23 cm
128p.
300 ex
https://www.ikrek.com.br/product/o-que-une-separa/#:~:text=Uma%20camada%20de%20verniz%20une,Maria%20Ant%C3%B4nia%20e%20posteriormente%20mutilado.
Lenora de Barros
O que une – separa
São Paulo, ikrek, 2014
15,5 x 23 cm
128p.
300 ex
https://www.ikrek.com.br/product/o-que-une-separa/#:~:text=Uma%20camada%20de%20verniz%20une,Maria%20Ant%C3%B4nia%20e%20posteriormente%20mutilado.
Lenora de Barros
Onde se vê
São Paulo, Klaxon, 1983
21,6 x 24 cm
28 p.
Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil
o que une – separa
Lenora de Barros
Ikrek
São Paulo, 2014
papel furioso em cor especial, acondicionado em luva rígida revestida de papel colorplus e impressão serigráfica.
23 x 15,5 cm
128 p.
O que une – separa
Lenora de Barros
Este livro é o resultado de uma investigação poética a partir do hífem, sua forma e significado, ao considerar o livro como um objeto autônomo e performático, tanto pela possibilidade de registro de um ato, como por ser sua manipulação, sua leitura, uma performance em si.
O símbolo, que é central na obra, dependendo de seu uso, une ou separa o que dele se aproxima. O percurso entre um bloco negro, o livro, até um símbolo e seus usos, o hífem, é aqui alterado por um ruído sutil: a presença da própria artista que o sustenta.
Uma camada de verniz une e separa a forma geométrica retangular – própria do hífem e do livro – do registro fotográfico de um ato performático envolvendo a obra de Lenora, um banner instalado na fachada do Centro Universitário Maria Antônia e posteriormente mutilado. Não se trata de um dado, verdadeiro ou falso, e sim de reflexão sobre quem está à procura e quem é procurado, sobre uma forma dada e uma forma construída. O que une e o que separa o público do objeto artístico? O que une e o que separa pessoas em continentes distintos? O que une e o que separa uma forma de seu conteúdo? Há condicionantes?
Este livro é uma obra que pode ser apreciada de diversas formas. Na mais banal, o ato de leitura revela o título do livro, o que une – separa. Já se o observarmos no campo das investigações do código verbal, enquanto construção poética, quando lemos a particula se, quase invisível no centro do livro, sem nos atentarmos, claro, a regras gramaticais, e criando pausas ou entonações variadas na leitura, mesmo que não presentes no livro por meio de símbolos próprios, a obra nos remete a questionamentos sobre o léxico da partícula: o que une se separa pode ser lido de várias formas.