As casas onde eu gostaria de morar

Fabiana Ruggiero
As casas onde eu gostaria de morar
São Paulo, Gauche Books, 2017
43 x 20 cm
[25] p.
50 ex.

O primeiro livro da artista Fabiana Ruggiero é também o primeiro lançamento da Gauche Books. As casas onde eu gostaria de morar é o relato psico-geográfico de uma incursão afetiva no tempo e no espaço, em busca de satisfazer um desejo: habitar lugares inabitáveis. Casas da minha memória, para onde meus sonhos me conduzem. Lugares de intimidade designados por atração. Espaços de proteção, abrigos de felicidade. Uma espécie de casa que se desloca com o sopro do tempo. Livro de artista composto por dez lâminas, cada qual uma montagem entre uma fotografia e um desenho. Imagens que operam entre a percepção e a memória, pensamento e sonho, real e imaginário; extensões de vivências. Encontro com um passado evocado em fragmentos, no momento presente, e que se orienta às ações do futuro. Sentimentos e sonhos que são despertados por causa e a partir das imagens, que não existem sem elas, mas por causa delas. A cada nova mirada, novas memórias, novas histórias, novos sentimentos e desejos são revelados. Trata-se da possibilidade e da liberdade de ver, imaginar e sonhar. Cada livro guarda uma promessa de futuro.

As casas onde eu gostaria de morar . Fabiana Ruggiero

Não

Fábio Morais
Não
Ikrek, São Paulo, 2014
15,5 x 23 cm
128 p.
300 ex

Fabio Morais, que tem o livro como base de suas investigações artísticas, foi convidado a inaugurar a série. Em um exercício de referência à história da impressão (e da expressão) no Brasil, Fabio escreve textos, reune referências e cria diálogos que cobrem o tema desde o século XVIII – com a possível chegada de tipografias ao paÍs, passando pela proibição de suas instalações, até a autorização concedida em 1808, com a transferência da Corte portuguesa para o país – até a censura instituída pelo golpe de 1964, chegando aos anos 2000, onde torna evidente a comunicação instantânea dos novos meios.

Fabio começa essa obra subvertendo a própria organização física do livro: o texto já se inicia na capa, ocupa algumas páginas do miolo, sem numeração para então dar lugar a imagens. Essas imagens constituem um diálogo: para acompanhá-lo, o leitor deve “ir e voltar” pelo livro, uma vez que as páginas estão baralhadas. O fim desse exercício leva ao que seria a capa do livro, na dupla central, com a resposta à última pergunta do diálogo: não. Findo o diálogo, o texto é retomado, para então terminar na quarta capa.

https://www.ikrek.com.br/product/nao-no

Sobre a Cor: Tratado em preto e branco para seu uso e aplicação

Ignasi Aballi
Sobre a Cor: Tratado em preto e branco para seu uso e aplicação
São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2010

A obra “Sobre a Cor: Tratado em preto e branco para seu uso e aplicação” é fruto da exposição Teoria, do artista Ignasi Aballi, que ocorreu em 2010 na Pinacoteca de São Paulo. O livro foi produzido como uma espécie de manual de instruções para a experiência do espaço de trabalho dentro dos museu, além de uma forma de estímulo à memória e à reflexão sobre a pintura.

Site da editora: https://pinacoteca.org.br/programacao/ignasi-aballi-teoria/

Charlene com Ch

Charlene Cabral
Charlene com Ch
São Paulo, vendo luzes, 2016
15 x 12cm
Impressão digital sobre papel offset 120g, caixa em papel kraft 300g carimbada, 32 páginas soltas, A6

O nome como suposição de algo e como falha dessa suposição, como trapaça da linguagem, como embalagem mental pra um corpo que lhe foge e que em nada se parece a outros de mesmo rótulo. O peso do que foi nomeado à revelia, e que por isso se situa eternamente na corda bamba entre verdade e mentira, não sendo nem uma nem outra, somente absurdo: múltiplo sem padrão.

[Publicação com dois capítulos: o primeiro com imagens referentes ao nome Charlene, o segundo com capturas de tela de perfis no Facebook de pessoas com o mesmo nome e sobrenome da autora. A sequência de páginas emula a cronologia da vida de uma mesma Charlene, da infância à morte (e eventual ressurreição). O título é um jogo entre um suposto domínio .com.ch , inexistente, e a frase que a autora sempre diz quando alguém solicita escrever seu nome.]

https://livrosdefotografia.org/publicacao/14085/charlenecomch

Ringier AG Jahresbericht 2008

livro usado - Smith, Josh - Ringier AG Jahresbericht 2008 / Relatório Anual 2008 - Design: Josh Smith

Josh Smith
Ringier AG Jahresbericht 2008
Zürich, Ringier, 2009
22 x 17 cm
[307] p.

Os relatórios anuais da Ringer são feitos em colaboração com artistas renomados desde 1997. Eles são impressos em uma tiragem de milhares de exemplares, traduzidos para 3 idiomas e distribuídos gratuitamente. Sobre a edição de 2008, apenas 61 das 307 páginas são realmente o relatório da empresa, já as outras páginas são artes com diversos tipos de interferências do artista Josh Smith.

Site da editora: https://www.ringier.com/josh-smith-creates-the-ringier-annual-report-2008/



Boring Postcards USA

Martin Parr
Boring Postcards USA
Londres, Phaidon Press, 2004
14.92 x 20.64 cm
176 p.

Nessa obra o autor da prosseguimento ao seu primeiro livro na temática “Boring Postcards”, em que ele realiza uma coletânea dos cartões postais mais chatos da Grã-Bretanha dos anos 1950, 60 e 70. Diferente do que o título propõe, o livro era fascinante e extremamente engraçado.

Por ter sido um trabalho muito bem sucedido naquilo que se propõe, Martin Parr, volta seu olhar para os Estados Unidos e reúne, novamente, os cartões postais mais sem graça e monótonos em um livro.

Além disso, à medida que o estudo de cartões postais se torna um campo de interesse acadêmico, este livro oferece mais do que diversão: como um registro de arte folclórica dos não-lugares e não-eventos da América do pós-guerra, ele revela insights pungentes sobre suas características sociais, culturais e arquitetônicas. valores.

Martin Parr - Boring Postcards Usa; Boring Postcards; Langweilige Postkarten - 2001
Martin Parr - Boring Postcards Usa; Boring Postcards; Langweilige Postkarten - 2001

Site da editora: https://ca.phaidon.com/store/photography/boring-postcards-usa-9780714843919/

O ano da mentira

Matheus Rocha Pitta
O ano da mentira
Ikrek, São Paulo, 2018
10 x 10 cm
365 p.
1000 ex.

Matheus Rocha Pitta tem o jornal [recortes, fotos, etc.] como fonte essencial em sua produção. A partir da coleta de imagens de manifestações em diferentes jornais [o acervo recolhido pelo artista é de longa data e está em constante expansão], Matheus elabora um calendário. Mas o artista extrai as frases das bandeiras e faixas e as substitui pela inscrição 1 April 2017.


https://livrosdefotografia.org/publicacao/13314/o-ano-da-mentira-um-calendario-de-matheus-rocha-pitta

Vox Populi

Yan Braz
Vox populi
Rio de Janeiro, edição do artista, 2017
20cm x 25cm
56 p.
100 ex.

Vox Populi, publicação independente, foi organizada com fotografias de pichações anônimas, encontradas na rua e coletadas com o auxílio da câmera de um telefone celular ao longo de diversas caminhadas empreendidas entre os dias 9 de janeiro e 30 de março de 2017 na cidade do Rio de Janeiro. Concluído o período de saídas e coletas regulares a fim de reunir um repertório vocabular, este usado na etapa seguinte, a composição final referente ao espaço-tempo percorrido originou uma sintaxe-percurso singular, retornada pública. Planejada para ser uma exposição móvel, a publicação encontra no suporte livro um espaço expositivo onde se cumpre e que busca enfatizar sua estrutura conceitual movente. Vox Populi é imagem em movimento.

Introdução de Michelle Sommer / Auxílio gráfico: Cachimbo ensaios gráficos

https://yanbraz.com/vox-populi