Quick Crossword (Nº13.692, Vol. 7)


Martin La Roche (Santiago, Chile, 1988)
Quick Crossword (Nº13.692, Vol. 7)
Cali, Colombia, Calipso Press, 2016

Martín La Roche (Chile, 1988) é um artista que coleciona borrachas e acredita em elefantes brancos.
Este livro faz parte de uma série de Quick Crosswords (Palavras Cruzadas), que assumem diferentes formatos dependendo da edição.  Todas elas têm em comum dicas, que foram tiradas de uma palavra cruzada (Nº13.692).
No Volume 1, editado pela Popolet, cada dica está relacionada a uma imagem. O Volume 7 é um diálogo com a primeira edição, já que cada imagem contida no livro é o resultado de uma pesquisa na internet de imagens relacionadas às do Volume 1.

Martín La Roche (Chile, 1988) is an artist that collects erasers and believes in white elephants.
This book is part of a series of Quick Crosswords that take different formats depending on the edition. They all have in common the hints, taken from the encountered quick crossword (Nº13.692).
In Volume 1, edited by Popolet, each hint is related with an image. Volume 7 is a dialogue with that first edition as all images included are the result of an internet related image search.

http://calipsopress.com/product/quick-crossword/
http://martinlaroche.nl/

Bücherwald

 

Buchenwald_437

Ingo Giezendanner
Bücherwald
Zurique, 2017
496 p.
b/w Offset
ISBN 978-3-905999-78-5

 

Desde 1998, Ingo Giezendanner [GRRRR] vem documentando lugares urbanos na qual viajou e viveu. Longe de Zurique sua cidade natal, suas viagens o levaram para diversas cidades, passando de Nova Iorque e Nova Orleans até Cairo, Nairóbi, Carachi e  Colombo. Por todos os lugares que viaja, Ingo captura seu entorno com caneta sobre papel. Seus desenhos foram mostrados em inúmeras revistas, livros e filmes, assim como em instalações e pinturas.

Publicado no aniversário de 100 anos da Biblioteca Central de Zurique (Zentralbibliothek Zürich).

Since 1998, Ingo Giezendanner, alias GRRRR, has been documenting the urban spaces in which he has travelled and lived. Apart from his native city of Zurich, his travels have taken him to diverse cities from New York and New Orleans to Cairo, Nairobi, Karachi and Colombo. Everywhere he travels, he captures his surroundings on location with pen on paper. His drawings have been presented in numerous magazines, books and animated films as well as in spacious installations and wallpaintings.

Published on Occasion of the 100 Year Anniversary of the Zentralbibliothek Zürich.

https://www.nieves.ch/1227/buecherwald

Anatomia do Gol

Antonio Lizárraga _Haroldo de Campos_Anatomia do Gol (3)

Antonio Lizárraga, 1924-2009 (Buenos Aires, Argentina)
Haroldo de Campos, 1929-2003 (São Paulo, Brasil)
Anatomia do Gol
Massao Ohno / Timbre
São Paulo, 1985
22 x 30,5
portfolio, 12 folhas avulsas
Produção: Ruy Pereira
Projeto e arte final: Marcelo Tápia e Ruy Pereira

lizarraga

lizarraga-8

http://www.revistas.usp.br/
http://www.literaturanaarquibancada.com/

Lizárraga, torcedor fanático, fez uma homenagem ao futebol, uma obra baseada nas técnicas e táticas futebolísticas como “overlapping”, retranca aberta, triangulagem, pelas pontas, quadrado mágico, “WM”, ponta recuado e outros. “É claro que o futebol fica em segundo plano”, ele afirma. “A abordagem é estética, do ponto de vista plástico. No trabalho, peguei a simbologia e os signos do esporte. Eu adoro futebol, que é universal, um verdadeiro fenômeno.” FSP, 28/11/1985.

O livro foi lançado na abertura da exposição Lizárraga/Presente, dentro do projeto A Gráfica Contemporânea, no Espaço de Exposições Humberto Tecidos.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

folha de são paulo 30nov1985.jpg

(…) Anatomia do Gol, um poema-código do artista plástico Antonio Lizárraga sobre um poema não-código de Haroldo de Campos. O livro “descreve” graficamente as diversas situações de uma partida de futebol, mas, pela dificuldade de sua “leitura”, dá a impressão de que os dois times poderiam jogar noventa dias, e não noventa minutos, para quem um deles fizesse pelo menos um gol (…)
Folha de São Paulo, 30 nov. 1985

SaveSave

Sobre o ponto

Rio de Janeiro, Pipoca Press
16 x 19 cm

76 p.
miolo em Pólen Bold 90g
impresso em risografia

A publicação Sobre o ponto, da artista plástica Eduarda de Aquino, é um passeio por pequenos enunciados e imagens que exploram a ideia de ponto nos mais diversos campos de conhecimento. Em espécie de meditação silenciosa, o livro é para ser lido com calma, sendo um convite à formulação de reflexões acerca de um símbolo simples e repleto de significados.

http://pipocapress.iluria.com/

Ten Isometric Drawings for Ten Vertical Constructions

fs1

Fred Sandback
Ten Isometric Drawings for Ten Vertical Constructions
New York City, USA: Lapp Princess, (1977), 2003.
[24] p.
15.3 x 15.3 cm
grampo
2000 ex.

Simple vertical lines on a three dimensionally grided field create surprisingly complex spatial relationships in this Lapp Princess Press publication, the first in a series.

fs2

Writer and art critic Amy Baker founded Lapp Princess Press in 1977 with the goal to create artists’ books that could be purchased by the widest possible audience. Works were published in editions of 2,000 and sold for $3 each. Other than the uniform format (6 inches square), artists were given complete freedom in terms of the content. Sandback, who would later marry Baker, was the first artist invited. Eleven others followed between the years of 1977 and 1979, until Baker left to become executive publisher of Artforum. Other artists include David Shapiro, Chuck Close, Victor Burgin and Alice Aycock.

O livro da Nina para guardar pequenas coisas

d9353168-2efa-423c-ac03-256b1e198b02
Keith Haring (Estados Unidos, 1958-1990)
O livro da Nina para guardar pequenas coisas
São Paulo, Cosac Naify, 2010
Português; capa dura
72 p.
23 x 31 cm
ISBN: 978-85-7503-888-8

Tradução: Alípio Correia de Franca Neto
Texto na quarta capa: Nina Clemente

Além de incentivar a criatividade e o imaginário, O livro da Nina para guardar pequenas coisas nasceu a partir de uma história de afeto entre o artista plástico norte-americano Keith Haring (1958-90) e Nina, filha do pintor italiano Francesco Clemente. Em seu aniversário de sete anos, a menina recebeu de Haring um livro inteiramente personalizado. Na mesma linha de Rabiscos (2009), de Taro Gomi, O livro da Nina é um objeto pessoal para desenhar, pintar, colar adesivos, folhas, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até pensamentos – desde que sejam pequenas coisas. Publicado agora em fac-símile, a edição brasileira conta, ainda, com um depoimento exclusivo da própria Nina Clemente, 22 anos após ter ganhado o presente.

As criações de Keith Haring marcaram as artes gráficas dos anos 1980. Seu traço se popularizou pelo mundo todo e é admirado até hoje por artistas da nova geração, como Osgemeos. Veio cinco vezes ao Brasil, uma delas para participar da Bienal de Arte de 1983.

O livro da Nina para todos

Seguindo a linha iniciada por Rabiscos (2009), de Taro Gomi, em que as crianças são convidadas a interferir no livro, por meio de desenhos e colagens, a Cosac Naify publica O livro da Nina para guardar pequenas coisas, do artista plástico norte-americano Keith Haring (1958-90). O livro foi um presente de Haring para Nina Clemente – filha do pintor italiano Francesco Clemente –, em seu sétimo aniversário. A edição brasileira traz, na quarta capa, um texto exclusivo da própria Nina, hoje com 28 anos:

“Ele tinha uma capacidade inata de transcender a vida adulta e foi meu melhor companheiro de infância, para além da nossa diferença de idade. […] Fiquei muito feliz ao saber que O livro da Nina para guardar pequenas coisas seria publicado no Brasil. Eu morei algum tempo no Rio de Janeiro e sei que Keith ficaria contente também: a energia, as cores intensas, o ritmo e a vibração deste país estão em sintonia com sua arte e seu modo de vida”.

Keith Haring deixou um legado de ícones famosos: pinturas, esculturas, colagens, desenhos no metrô, em camisetas etc. Sempre preocupado com que suas obras alcançassem o grande público, preferia “expor” nas ruas, lojas e clubes – as exposições em museus e galerias vieram bem depois. O artista queria um tipo de arte que fosse realmente pública. Para ele, era inconcebível pensá-la separada da vida real: “Para quê pintar se não se é transformado por seu próprio trabalho?”, costumava dizer. Seus desenhos, que têm na primazia da linha sua maior força, sobrevivem até hoje e são admirados por nomes da nova geração, como Osgemeos.

Escrito e ilustrado por Haring, a proposta de O livro da Nina para guardar pequenas coisas é tornar-se um objeto pessoal da criança, para desenhar, pintar, colar adesivos, folhas, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até pensamentos – desde que sejam pequenas coisas. “Se quiser colecionar coisas grandes, arrume uma caixa”, alerta nas instruções.

A edição original, um fac-símile daquela que a Nina ganhou em 1988, foi publicada somente após a morte do autor, em 1994. Para adequar ao leitor brasileiro um livro manuscrito, feito inteiramente de modo artesanal, a Cosac Naify empreendeu um cuidadoso trabalho de desenho e ajuste das imagens e da fonte – desenvolvida a partir da letra do próprio Haring. O papel foi pensado de forma a resistir a cola, canetinha, durex e outros materiais.

Haring visitou o Brasil cinco vezes. A primeira, como artista convidado da Bienal de 1983, quando pintou um painel que não existe mais na avenida Sumaré, em São Paulo. Nas viagens seguintes, costumava se hospedar em Ilhéus (BA), na casa do amigo e também artista Kenny Scharf, onde pintou murais e produziu telas e esculturas inspiradas na cultura brasileira. Sempre rodeado pelas crianças, ele deixou um registro em seu diário sobre sua relação com Nina Clemente:

“Alguns dias antes de voltar de Nova York, visitei Nina e Chiara Clemente, e ficamos desenhando juntos nas paredes de sua casa. Acho que esse foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. […] Tenho certeza de que fui um bom companheiro para muitas crianças e talvez tenha marcado suas vidas de forma duradoura, e lhes ensinado um pouco sobre o que é compartilhar e cuidar”. (Outubro de 1987, Keith Haring Journals, p. 239). Nina certamente concorda.

[fonte das imagens]