Acorn

acorn

Yoko Ono
Acorn
São Paulo, Editora Bateia, 2014
ISBN: 8566777034
12,5 x 15 cm
214 p.

Tradução de Carolina Caires Coelho

Composto por cem poemas de instrução pode ser lido como um livro de poesia, um guia filosófico, um livro de arte conceitual – já que cada um dos textos é acompanhado por um desenho de pontos de autoria de Yoko -, ou reunindo tudo isso, um livro poético de instruções conceituais e filosóficas. Isso fica a critério de cada leitor. Ela prefere definir Acorn como ‘poesia em ação’. Suas instruções e ilustrações desafiam os leitores a olhar à sua volta de uma maneira diferente. Seus exercícios instigantes criam insights sobre padrões de comportamento e abrem, não só os olhos, mas todos os sentidos para formas mais criativas e conscientes de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o planeta. Acorn é uma sequência de Grapefruit, considerado um dos monumentos da arte conceitual do início dos anos 1960, que Yoko lançou em 1964. Seu título é uma referência à ação que ela e John Lennon promoveram em 1969 quando enviaram a diversos líderes mundiais duas “bolotas de carvalho” pedindo que fossem plantadas como um símbolo da paz mundial. O projeto “Acorn” foi originalmente criado para a internet e ao transformá-lo em livro, Yoko Ono continua fazendo o que sempre fez: plantar sementes de vida. (texto da editora)

Salvar

Flux paper events

Imagem

George Maciunas
Flux paper events
Berlin, Edition Hundertmark, 1998 (1ª ed. 1976)
16 p.
21 x 15 cm.

O livro teve intervenções em diferentes páginas: cortes, rasgos, grampos, dobras e perfurações. No site da Fundação Bonotto, encontramos imagens do livro de Maciunas e uma carta com o projeto, o que permitiu que o editor Armin Hundertmark fizesse uma edição póstuma da obra em 1998.

Published by Edition Hundertmark, Berlin
Different pages with interventions: cuts, stains, tears,
staples, perforations and folds. pp.16, 21 x 15 cm.

1. Project
Published in edition of the series “Karton”
Photocopy, 28 x 22 cm.

Imagem

2. Book, 1976
First editon, part of Special Edition
“Künstlerhefte 1976-1979”
Cardboard box, numbered 2/80

3. Assemblage, 1998
Eight open books of the second edition
assembled on wooden box by L. Bonotto,
254 x 35 x 6 cm.

Imagem

Imagens: http://www.fondazionebonotto.org/fluxus/maciunasgeorge/artistsbook/fx142813.html

Salvar

O performer

 

Fabio Morais
O Performer
São Paulo, 2009
livro-objeto: impressão jato de tinta e peça de xadrez (Rei)
edição de 100 exemplares

http://fabio-morais.blogspot.com/2009/01/o-performer-2005.html

Algumas das performances-texto d’O Performer:
.
 
O performer sai de casa com uma câmera fotográfica, um tripé e o bolso da calça jeans cheio de giz branco. Depois de muito caminhar, pacientemente vendo e sentindo os lugares, ele enfim escolhe um (escolha essa que mistura gostos estéticos pessoais, um punhado de boassimbologias ali detectadas, o afã de documentar o momento de uma vez por todas e até mesmo um olhar para o mundo ainda tomado de ecos da noite passada).
.
O
performer pára, arma o tripé, posiciona a câmera e inicia o delicado processo de enquadrar um pequeno pedaço do resto de tudo. O enquadramento resolvido e o performer pega, no bolso da calça jeans, um punhado de giz branco. Ele agora irá, conforme o enquadramento que vê no visor da câmera, riscar o contorno deste recorte do mundo.
.
O processo é lento e minucioso já que esse
retângulo tão fácil e banal que se vê no visor, ao ser desenhado no real, precisa lidar com as distâncias em trezentos e sessenta graus que rodeiam e separam todas as coisas. Por exemplo: a base do retângulo a ser traçado começa no tronco de uma daquelas árvores mas, ao fim da largura do tronco, o risco continua no muro, bem lá trás, um pouco longe da árvore e, logo depois, no banco da praça ali bem na frente, continuando no conjunto daqueles prédios ao fundo, para terminar na altura do peito do rapaz que está no primeiro plano. Traçar seu desejo de bidimensionalidade e apreensão do tridimensional é um mecanismo que requer, do performer, calma e dedicação.
.
Depois de uma tarde inteira de trabalho, indo e voltando ao visor inúmeras vezes para conferir a posição e o tamanho certos dos traçados, enfim o contorno do enquadramento fica pronto. O
performer recolhe suas coisas e vai embora deixando para trás as marcas de uma escolha, cheio de esperança de que nalgum momento alguém passe pelo exato ponto onde ele fincou acâmera e, num golpe de vista, enxergue surpreso o retângulo traçado, sendo assim, de alguma forma, seu cúmplice.
.
Já que não sei fotografar…
.
___________________

.
A performance dura um mês.

.
O
performer estabelece um lugar qualquer, que já faça parte de seu cotidiano, como o “palco” da performance: uma rua por onde passa diariamente, uma praça ou a padaria. Na verdade, a performance acontece pelas vinte e quatro horas de cada um dos trinta dias que ela dura.
.
Porém, esse momento em que o performer irá passar diariamente pelo “lugar-palco” estabelecido é como se fosse um ponto de encontro que ele marca entre sua performance e o mundo: algo simbólico.
.
No primeiro dia o
performer passa todo o dia vestido de preto. No segundo, veste-se de um cinza muito escuro, quase preto. No terceiro, de um cinza um tom mais claro que o do segundo dia. No quarto, um tom mais claro que o do terceiro. No quinto, novamente, um tom mais claro que o do quarto dia. E assim, sucessivamente, durante um mês até atingir a roupa totalmente branca no último dia da performance.
.
Já que não sei pintar….

Salvar

Satisfaction

Specific Object

Allan Kaprow  (Atlantic City, EUA, 1927-2006)
Satisfaction
New York, M. L. D’Arc Gallery, 1976

Text and design by Allan Kaprow
Photographs by Bee Ottinger
16 p.,
27.9 x 21.5 cm.

kaprow Satisfaction_Página_03
kaprow Satisfaction_Página_05

Artist’s book by Allan Kaprow documenting his happening Satisfaction, which took place in April 1976. Book comprised of images and texts by Kaprow that outline the happening. “Ordinarily, we want and manage to get a certain amount of attention from the world all of our lives. The kind, manner and quantity may change, but in any case it’s attention. It follows that others want attention from us. A sort of acknowledgement-economics is involved, a trade-off, usually with a profit motive. We would like (unconsciously of course) to get more that we give…”

Four actors–two male, two female–perform short scripts by Kaprow in which they must seek, give, or deny attention to one another. Carried out by four groups of four in 1976 in New York, this book documents one group’s performance of Satisfaction with black and white photographs and reproductions of the scripts. In a short essay at the back, Kaprow discusses the range of complex social and emotional interactions this deceptively simple exercise can (and is meant to) bring out in its participants.

Salvar

Piano Sonata No. 2

higgins_piano_sonata_c

Dick Higgins
Piano Sonata No. 2 (Graphis # 192)
Edition: 750
12×8.5 in.
Printed Editions
Barrytown, NY
1983

0002-1c20a7a_0282e6

About this object
unbound in folder – 4 acetate overlays printed in different colors. visual score for musical performance.
Medium and Materials
diazo on acetate, offset

This musical work uses four overlays in different colors, each of which is placed over a different sheet of existing piano music. On the overlays are arrows directing eye and hand, separately or together, thus collaging the music that is read through them. 4 page folder, containing 4 silkscreened vinyl sheets in color, 9″ by 12″, 1982

higgins_piano_sonata10003-749442b_0282e2

0004-fdfa13e_0282e3 0006-89f9316_0282e5

Esposizione in tempo reale n. 9: i sogni

Esposizione in tempo reale n.9.jpg

Franco Vaccari       (Modena, Itália, 1936)

Esposizione in tempo reale n. 9: i sogni
Brescia, Nuovi Strumenti, 1975
16 p.,
22,5 x 16,5 cm.
10 fotografias, 7 coloridas
Edição de 200 exemplares
Texto em italiano e inglês

vaccari_sogni

“Na noite de 25 de fevereiro de 1975 dormimos em uma sala da galeria; ao acordar pela manhã contamos os sonhos e [aqui] os apresentamos juntamente com a documentação Polaroid das etapas que antecederam o sono. O ambiente estava assim preparado: sacos de dormir tinham sido colocados sobre uma base quadrada de tábuas de madeira, um feixe de laser, modulado por um som ambiente, desenhava na parede imagens concêntricas em vermelho e na entrada estava escrito na parede: Quem entrar na sala depois das 11 da noite não poderá sair até a manhã seguinte. Antes de ingressar você precisa girar a roda da fortuna e ler a sorte. Essas frases estavam gravadas em placas de metal que, de acordo com o princípio da sincronicidade, deveriam agir como núcleos de concentração e libertação”.

Salvar

La femme et

la-femme-et

Annette Messager
La femme et…
Paris, Dilecta, 2007
paperback, sewn
language : French
24 p.
20 x 15 cm
ISBN 978-2-916275-23-9

la-femme-et2

Playful and singular, Annette Messager’s work combines varied techniques (cutting, collage, painting, writing, embroidery) and reveals different facets of the artist: Annette Messager the collector, the cheater, the peddler, the practical woman…

la-femme-et4

In 1975, Annette Messager launched a cycle entitled “Annette Messager : the cheater” during which La Femme et… was published in Geneva by another artist, John Armleder. Mixing topics from body art to image editing, the book is composed of a series of photographs presenting the made-up female form – the female artist’s naked body – on which interior and exterior, drawing and photographs merge, accompanied by laconic captions. The cheater, notes Annette Messager, “is never idle and is never lacking material as she plays with herself and on herself.” The tone of the book is sometimes moving (“the woman and the operation”), frankly comical (“the woman and the bearded one”), or falsely tragic as in brief sketches (“the woman and death”, “the woman and fear”).

la-femme-et3

For this faithful republication, the 1975 book was reassembled with the help of the artist and a few images were added.

http://www.editions-dilecta.com/en/books/197-la-femme-et.html

Salvar