Abstraction (1941-1968)

Jochen Gerner

Abstraction (1941-1968)

Paris, L’association, 2010

68p.

A Associação continua a publicar o trabalho de Jochen Gerner, que está erodindo ainda mais as fronteiras entre Quadrinhos e Arte Contemporânea. Depois de Branchages e Panorama du Feu, Abstraction (1941-1968) representa a versão em livro de uma obra exibida na Bienal de Arte Contemporânea de Le Havre (mas ao contrário das duas obras anteriores, esta não é uma impressão Abstração (1941-1968) continua as reflexões de Gerner sobre os quadrinhos populares da época da Guerra Fria e acrescenta a essa exploração uma questão estética que se relaciona com as questões do expressionismo abstrato americano daqueles mesmos anos. Assim, extrapolando detalhes gráficos específicos para cada caixa desta história de guerra anônima (suor frio, publicado em 1968 no bolso da MARINHA n ° 124), cobrindo todas as caixas com esses padrões agora abstratos e mantendo apenas algumas palavras escolhidas, Jochen Gerner traz suas questões fundamentais sobre o quadrinho, figuração e, em seu próprio caminho, as questões e as marcas d’água do período histórico da guerra fria, dando um novo passo na sua abordagem artística única e exemplar.

Comic Book (Untitled)

Stefanie Leinhos

Comic Book (Untitled)

Leipzig, Edição do artista, 2016

[5] p.

60 x 42 cm.

500 ex

Comic Book é um zine dobrado, em preto e branco, que mostra os métodos simples da ilustradora Stefanie Leinhos. Desenhando a partir de imagens de quadrinhos, ela escolhe aspectos ou formas e os repete em suas ilustrações. Nesse trabalho, Stefanie queria “brincar com a perspectiva do espectador… fazendo uma história em quadrinhos sobre a leitura de uma história em quadrinhos.”

Aqui ela usa o espaço negativo em torno de uma história em quadrinhos como uma presença com mãos que seguram, trituram e manipulam sua forma. O reverso mostra uma grade, adornada com uma citação de Gertrude Stein, de espaço negativo em branco apontando e segurando um livro aberto.

Abrégé de bandedessinée franco-belge

Ilan Manouach

Abrégé de bandedessinée franco-belge

Rennes, Lendroit, 2018

50 p.

24,5 x 35 cm

500 ex

Compêndio de quadrinhos franco-belgas é o último livro de Ilan Manouach e toma como ponto de partida o formato de quadrinhos de 48 cc (48 páginas, impressão em cores, capa dura). O nome desdenhosamente batizado pela editora alternativa L’Association, aponta para o produto de uma indústria de livros normativa e just-in-time que domina o cenário editorial de língua francesa. Durante uma única tarde, Manouach comprou uma seleção de quarenta e oito livros de 48 cc em segunda mão e, após uma leitura cuidadosa, construiu um índice idiossincrático não exaustivo dos elementos considerados como definidores gerais da tradição dos quadrinhos franco-belgas. Entre uma variedade de protomemes de quadrinhos, dispositivos metanarrativos, elementos paratextuais e outras nuvens escuras pairando, asas de tubarão, estereótipos de identidade e buracos em forma de corpo, o Compêndio se apresenta como uma história em quadrinhos orquestrada, onde instanciações de sua tipologia, livre dos imperativos de narrativas específicas podem ser lidos como os blocos de construção in situ dos quadrinhos europeus.

https://www.lendroit.org/catalogue/fiches/1523-

Quadrinhos

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Omar Khouri
Quadrinhos (Banda Desenhada)
Lisboa/PT e São Paulo/BR, Nomuque Edições, 2015/2017
21 x 29,5 cm
18 folhas soltas
Impressão a laser
25 exemplares numerados e assinados pelo autor

Estes 18 trabalhos, que têm como material estruturante elementos dos quadrinhos, vêm a ser um desdobramento das faturas que elaborei nos anos de 1974, 75, 76 e 77, cujas possibilidades resolvi aprofundar, nesse universo da não-imagem figurativa e do não-texto: apenas quadros e balões, sendo estes externos àqueles. Não preencho os quadros com o preto (como o fiz nos `70), visando a uma maior economia de meios. Já há algum tempo com as ideias, e até com todo o trabalho já esquematizado, resolvi executá-las durante minha estada na Capital Lusa, no 2º semestre de 2015. Banda Desenhada, como se diz por lá. Trago, agora, os 18 poemas e os títulos em separado, acatando sugestões de amigos. É claro que histórias intensa poderiam ser contadas com tais recursos e eu já fiz isto em outro tempo. Minhas dívidas com a Poesia Concreta, a Pop Art, os Quadrinhos eles-mesmos, com o que me disse Décio Pignatari de Franklin Horylka e com o Poema-Processo, ficam mais uma vez registradas. Seguem os títulos para os poemas – o leitor poderá tentar colocar uns noutros.

Omar Khouri, São Paulo, junho de 2016

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Homicídio. Suicídio. Conflito. Paradoxo. Duelo. Desprezo. Silêncio. Agressão. Defesa. Acordo. Deamor. Polêmica. Monólogo. Solilóquio. Ensimesmamento. Algazarra. Verborragia. Prolixidade.

Codex espangliensis: from Columbus to the border patrol

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GÓMEZ-PEÑA, Guillermo; RICE, Felicia; CHAGOYA, Enrique.
Codex espangliensis: from Columbus to the border patrol.
San Francisco: City Lights Books, 2000

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CODEX ESPANGLIENSIS é um livro de artista colaborativo composto de textos de performance e poemas de Guillermo Gómez-Peña entrelaçados com imagens de colagem por Enrique Chagoya em forma de livro por Felicia Rice.

O CODEX ESPANGLIENSIS narra e confronta as realidades e as surrealidades da cultura fronteiriça na virada do milênio. As imagens das colagens justapõem exemplos da arte gráfica dos tempos pre-hispânicos ao México atual com as tradições da arte ocidental e da cultura pop americana contemporânea. A série de textos de performance e poemas foram selecionados a partir de obras do escritor ao longo de sua carreira de vinte anos.

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CODEX ESPANGLIENSIS is a collaborative artists’ book made up of performance texts and poems by Guillermo Gómez-Peña interwoven with collage imagery by Enrique Chagoya into book form by Felicia Rice of Moving Parts Press.

CONTENTS
CODEX ESPANGLIENSIS chronicles and confronts the realities and surrealities of border culture on the eve of the millennium. Collage images juxtapose examples of graphic art from pre-Hispanic times to present-day Mexico with traditions of Western art and contemporary American pop culture. The series of performance texts and poems are selected from the writer’s works over his twenty-year career.

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Riki fermier

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Ilan Manouach (Atenas, 1980)
Riki fermier
[Atenas], Cinquième Couch, 2015
ISBN : 9782390080992

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O artista grego removeu todos os personagens de uma revista para crianças publicada originalmente na Dinamarca, deixando apenas um personagem secundário, o pelicano Riki. Sozinho, Riki é uma testemunha passiva da reconstrução de uma antiga fazenda.

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Ilan Manouach (Athens, 1980) is a mul­ti­dis­ci­pli­nary artist with a spe­cific inter­est in con­cep­tual comics. He also actively works as a pub­lisher and a pro­fes­sional musi­cian. He holds a BFA from L’Ecole Supérieure des Arts, in Brus­sels and is cur­rently enrolled as a stu­dent in the MA Pro­gram of the Dutch Art Insti­tute in the Nether­lands. Since 2003, he has pub­lished more than a dozen book­works under the cat­a­logue of a small infor­mal pub­lish­ing house based in Brus­sels. He has curated four antholo­gies bring­ing together con­tri­bu­tions from artists, crit­ics, lawyers and dif­fer­ent pro­fes­sion­als of the book indus­try.

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In the comics world, he is mostly known for the unsigned comic book appro­pri­a­tions, and the man­i­festos sup­ple­ment­ing these edi­tion. He has pub­lished ille­gal appro­pri­a­tions of exist­ing comic books, and rein­jected his detourne­ments in the book mar­ket. He con­tin­u­ously claims for the impor­tance of an idio­syn­cratic “reader’s space”, beyond all imposed mean­ings com­ing from the author or from the pre­vail­ing read­ings of cer­tain works. Fol­low­ing a mode d’emploi, con­sist­ing of a very sim­ple chart of manip­u­la­tions to guide him through the process, he seeks to instan­ti­ate this spe­cific reader’s space, by retal­i­at­ing upon this exact same for­mat. These fac­sim­ile ver­sions are annu­ally dis­sem­i­nated dur­ing the Angoulême Inter­na­tional Comics Fes­ti­val, mak­ing use of the polit­i­cal trac­tion of the man­i­fes­ta­tion in order to demon­strate that comic books exist in their pri­mary state and con­ceived as a mass-pro­duced object. are a pow­er­ful self-reflex­ive medium. (http://ilanmanouach.com/)

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