Projeto Volante

 

O Projeto Volante teve início no segundo semestre 2009 na oficina de gravura do Sesc Pompeia, sob coordenação de Cleiri Cardoso e Marcelo Heleno, com o objetivo de externar a produção do ateliê. Chamada então de Exposição Volante, a proposta reuniu imagens impressas pelos participantes dos cursos de gravura, que foram distribuídas junto a aglomerados de pessoas dentro das oficinas e também nas áreas de circulação do Sesc. As ações de distribuição criavam breves pausas nas situações estabelecidas naqueles espaços, promovendo uma efêmera exposição.

A coleção da EBA/UFMG está entre os 18 ateliês e acervos públicos que receberam conjuntos com as gravuras enviadas ao Projeto Volante, através da convocatória 2011/12. Além das gravuras, um DVD contendo o video-registro do processo também integra a caixa.

Até o momento foram deixados conjuntos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro; no Ateliê Piratininga, em São Paulo; no Museu do Trabalho, em Porto Alegre; no Atelier do Porto, em Belém; no Acervo Móvel Sobrelivros, em São Paulo; na Universidade de Quebec e no Atelier Presse Papier, ambos em Trois-Rivières, Canadá.

Mais informações: projetovolante.blogspot.com.br

A teus pés

ImagemFabio Morais
A teus pés, 2012
21,5 x 15 x 1 cm
São Paulo: Edições Tijuana
30 exemplares + 06 p.a.
capa de papel color plus; miolo em serigrafia sobre papel jornal;
caixa de papel holler cortado a laser

 Imagem
A Teus Pés é uma homenagem ao livro de Ana Cristina Cesar, lançado em 1982 pela editora Brasiliense. Neste trabalho, me aproprio dos poemas de Ana C. e derrubo todos os versos para a última linha, no fim das páginas, conforme a ordem, a diagramação e a paginação da edição mais recente da obra, da editora Ática.
A construção do livro, sua encadernação, design e cores levam em conta a ideia de queda, também uma referência ao suicídio da poeta.
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Tunga

Encarnações miméticas.
Olho por olho.
Se essa rua fosse minha.
A prole do bebê.
True rouge.
Lúcido nigredo.

São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
6 v. : principalmente il. (algumas color.) ;
caixa 34 x 29 x 9 cm + 3 cartazes.
Impressão em offset
Tiragem: 500 exemplares numerados e assinados.
Inclui cartaz intitulado: “Tunga à la lumière des deux mondes, une installation sous la pyramide du Louvre, 29 septembre-19 décembre 2005”.
Exemplar nº 119, assinado pelo autor.

Ao comemorar dez anos, a Cosac Naify lança a Caixa de livros Tunga, um projeto editorial arrojado, que reúne sete volumes em distintos formatos sobre a obra do artista plástico Tunga. Cada um deles apresenta em imagens grande parte de seus trabalhos criados a partir de 1990.
Uma publicação fora do comércio: o conjunto não será vendido, mas sim doado pela editora a bibliotecas, museus e instituições culturais nacionais e estrangeiras, além de estar disponível integralmente, em português e inglês, neste site, onde também é possível consultar a lista dos locais onde o conjunto pode ser manuseado fisicamente.
Em 1997, a Cosac Naify surgia lançando Barroco de Lírios, também do artista Tunga, publicação ousada para o mercado editorial brasileiro, então carente de livros de arte com acabamento de qualidade. “Dez anos depois, ainda penso ser esse o mais belo livro realizado pela editora. Ele foi nossa pedra fundamental. Apontou visualmente o ‘delírio’ que se almejava editorialmente viver. ‘Delírio’ esse que se repete a cada nova publicação”, diz Charles Cosac, fundador da editora.
Concebido por Tunga, com direção de arte de Lilian Zaremba e desenho gráfico de Irene Peixoto (Núcleo-i), a Caixa segue parte da trajetória do artista desde Barroco de Lírios. Composta por seis livros e um cartaz, pode ser vista como um só livro de artista com caráter múltiplo. A sofisticação que envolve a nova publicação da Cosac Naify tem sido uma constante nos dez anos de sua existência. “Credito 95do sucesso inicial desta editora aos artistas com quem trabalhei e que generosamente emprestaram-nos belas linguagens visuais”, afirma Charles Cosac.
Um dos artistas brasileiros com maior projeção internacional, Tunga consagra importância à performance, já que grande parte de suas obras se constrói pela participação e presença de colaboradores e outros artistas, o que pode ser observado nos volumes que compõem a edição.
“Na arte contemporânea, interessam as experiências com o corpo em sua totalidade; não apenas o olhar, mas o tato, o olfato, a presença, enfim, tudo aquilo que é constitutivo do sujeito. As linguagens corpóreas são um dos momentos da expressão dos sentidos do sujeito e, mesmo que elas não estejam tão codificadas como a visual-verbal, podem ser tão bem elaboradas quanto a outra”, diz o artista. Da mesma maneira, a própria Caixa é concebida como um complexo sistema que pode ser observado de distintas formas.
Apesar de sua importância, a obra de Tunga raramente é vista em museus brasileiros, por conta da própria carência dos acervos e dos espaços expositivos dessas instituições. Na Caixa, os livros processam um complexo mosaico de momentos no trabalho, sendo possível visualizar as distintas séries do artista apresentadas em várias partes do mundo. É possível perceber os desdobramentos de sua obra de acordo com o local onde ela se realiza e, ao mesmo tempo, as diversas conexões que os unem como “um conjunto de trabalhos, onde um sempre leva ao outro, como se entre eles existisse um ímã”, na definição do próprio artista.

http://www.cosacnaify.com.br/tunga/home.asp

Eu

E3P1-03

Sonia Lins (1919-2003).
Eu.
Paris: [Ed. do autor], 2000.
[43] p. : il. p&b ; em caixa
31 x 22 x 1,7 cm.
Edição original numerada
tiragem de 200 exemplares
papel velin johannot 125 g, relevo seco na capa e na caixa.

“O desenho, como tudo que eu faço, tem um processo. (…) Vou trabalhando com o objetivo de chegar até a última coisa que eu possa fazer com ele. Se acontece que eu perca o desenho, fico feliz porque rasgo na mesma hora. Eu não tenho dificuldade de fazer a triagem”, contou Sonia, em entrevista à jornalista Marília Gabriela. Quando errava o desenho, Sonia preferia não repeti-lo: “Ou eu salvo o desenho ou não consigo fazer o que quero. O primeiro que você faz sai o melhor de todos; quando você repete já não tem a mesma qualidade do primeiro. Porque o primeiro você trabalha numa espécie de encantamento, o segundo você já trabalha com a rotina da repetição”.

http://www.sonialins.com.br/obras/eu

Notas de exposição: “O desenho como instrumento”, no período de 31 de maio a 06 de julho de 2014. Sesc Pompeia – São Paulo.

Desvendar Mistérios

E2P6-06

Paulo Bruscky
Desvendar Mistérios
Atibaia: Coletivo Dulcinéia Catadora, 2011.
[36] p. : il. p&b ;
19,5 x 28 cm.

Impressão em xerox,
100 exemplares, numerados e assinados pelo artista.

“Capa pintada à mão por artistas e catadores do coletivo Dulcinéia Catadora, feita com papelão comprado de cooperativas de materiais recicláveis”.

Muntanya

Michel Zózimo
Muntanya
Barcelona : Ed. do Autor, 2012.
[12] p.
il. p&b ; Impressão em offset.
20 x 14 cm.

“Las imágenes de esta publicación pertencem a la revista catalana Muntanya de Centro Excursionista de Cataluña, un ejemplar de la décade de los 70. Esta publicación es el resultado del Premio de Programa de Exposiciones de Centro Cultural São Paulo [2010], realizada durante la residencia artística en Hangar, Centro de Producción de Artes Visuales en Barcelona [2012]. Con el apoyo del Centro Cultural de España en São Paulo/AECID y el Centro Cultura de São Paulo. Con la colaboración de Hangar”.