36 : Primeira Pessoa

E1P4-01

Fabio Morais
36 : Primeira pessoa, 1964-1968-1975-2011
8 folhas
30 x 26 cm.

Jornal distribuído durante a exposição “Símile-Fac” na Galeria Vermelho, São Paulo, no período de 24/01 a 18/02/2012. Sua capa reproduz a revista Manchete que, na época, anunciou o golpe de 1964 no Brasil. No interior do jornal, há a reprodução da primeira reportagem que saiu na grande imprensa brasileira sobre o Tropicalismo, na revista O Cruzeiro de abril de 1968. Margeando os fac-símiles históricos, há um texto em primeira pessoa, de alguém que se sente transpassado pela História e, ao mesmo tempo, gostaria de estar à margem dela.

A Revista

20120706_204536_caderno-07_Caderno Sesc_Videobrasil 7: A Revista

Editor: Rodrigo Moura.
Colaboradores: Ana Martins Marques, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Eduardo Costa, Erika Verzutti, Fabio Morais, Jorge Macchi e Rivane Neuenschwander. Edições Sesc-SP e Associação Cultural Videobrasil, 2011
144 páginas. Português/inglês.
ISSN 1808-6675.
Largura: 18,5 cm/Altura: 23,5 cm Lombada: 1,3 cm

A Revista toma seu nome emprestado de uma célebre publicação literária de 1925, do grupo modernista de Belo Horizonte. Sob a edição de Rodrigo Moura e com design da artista Marilá Dardot, a edição propõe uma revista feita de páginas de revistas de arte, cultura e literatura publicadas no Brasil entre os anos 1920 e 1990, e fora de circulação.

Partindo da ideia de estabelecer relações entre trabalhos artísticos, textos e a mídia impressa, A Revista evoca o uso de revistas e suas páginas como espaço para a arte, tanto em projetos criados originalmente para periódicos brasileiros de arte quanto em intervenções pensadas ou cedidas por nove colaboradores: Ana Martins Marques, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Eduardo Costa, Erika Verzutti, Fabio Morais, Jorge Macchi e Rivane Neuenschwander.

Disponível para compra na loja virtual do SESC.

Acesse aqui o PDF da publicação.

http://site.videobrasil.org.br/publicacoes/caderno/07

Edited by the curator Rodrigo Moura, the seventh edition of Caderno SESC_Videobrasil, A Revista (Edições SESC; 144 pages) comprises excerpts from Brazilian art and culture magazines dating from the 1920s to the 1990s, in addition to works by artists and writers who comment on said publishing format. The magazine was designed by artist Marilá Dardot.

Faced with the rapidly changing media scenario, the seventh edition of the Caderno sets out to revisit the symbolical and physical character of magazines, not to reaffirm it as much as to deconstruct it and test its limits.

Caderno 7 borrows its title from the famous Minas Gerais-based publication A Revista, founded in 1930 by Carlos Drummond de Andrade and Emílio Moura. In cut-outs from magazines that played an important role in carving out a territory for art in Brazil, such as GAM, Módulo, and Arte em Revista, works by Hélio Oiticica, Lina Bo Bardi, and Nelson Leirner reemerge, among others.

Nine collaborators were invited to create projects specifically for the publication: Arnaldo Antunes, Rivane Neuenschwander, Fabio Morais, Jorge Macchi, Claudia Andujar, Ana Martins Marques, Cildo Meireles, Eduardo Costa, and Erika Verzutti. Pages, news, and typical magazine and newspaper formats inspire a significant share of the collaborations.

“The idea of establishing relationships between these artists’ oeuvres and the media revisited, and of combining written and visual language to create an exhibition of sorts throughout the pages of the publication, is what motivates the invitations,” explains Rodrigo Moura. An editor and art critic, Moura has been the curator of Instituto Inhotim (MG) since 2004.

Caderno SESC_Videobrasil is an annual publication dedicated to in-depth reflection on contemporary art production. Past editions have tackled the resurgence of performance art (2005); the impact of the contemporary experience of mobility (2006); experimentalism in audiovisual production (2007); space occupation strategies (2008); the feminine and feminism in art and life (2009); and contemporary power and influence relationships (2010).

Caderno SESC_Videobrasil 7 will be presented and launched during the last panel of the Southern Panoramas Seminars, Editorial Intentions: Who Reads and Who Writes, What For, on Saturday, December 10, 2:00 p.m. through 6:00 p.m., at SESC Belenzinho’s Concert Room 2. Further information: www.sescsp.org.br/17Festival

http://www.e-flux.com/announcements/new-publications/

Percursos narrativos

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Fabio Morais e Rafael RG.
Percursos narrativos [conjunto de peças]
[São Paulo] : Beco da Arte, 2010.

Material acondicionado em caixa de MDF.
1 Kit em caixa de 17 x 33 x 4,5 cm.
Impressão laser com tiragem de 100 exemplares numerados.
Exemplar 1/100.  

Conteúdo completo:
Fabio Morais (5 folhetos de cordel):
– IKBlues Band & suas musas ;
– Flavito ;
– … e eu ;
– Livro ;
– 9 capítulos na vida do senhor Abreu.

– 1 pedaço de barbante dobrado e amarrado
– 1 placa de MDF (3 x 9 cm) com 5 pregadores de roupa de madeira
– 2 pedaços de elástico amarelo.

Rafael RG
– Entrevista a Hans Ulrich Obrist

Projeto brochura

proj brochura

Título: Projeto Brochura
Autor: Sobrelivros
Editora: do autor
Ano da edição: 2011
Local de publicação: São Paulo
Idioma da publicação: português
Formato: 16 cm largura 22 cm altura

Caixa artesanal em Kraft contendo 26 brochuras em tamanho A5 com várias técnicas e tipos de impressão.

O projeto Brochura conta com 26 artistas, convidados pela Sobrelivros (formada por Bruno Mendonça, Rafaela Jemmene e Roberto Fabra), que realizaram suas brochuras com temas e técnicas variadas durante o primeiro semestre de 2011. Este processo de criação coletivo foi ao longo desses seis meses realizado juntamente com discussões e pesquisas a respeito deste suporte e seus desdobramentos conceituais. A unidade do projeto é dada pelo formato brochura que é feita com quatro folhas no tamanho A4, no sentido horizontal e dobradas ao meio, e assim as publicações possuem tamanho A5.

Artistas participantes: Alessandra Duarte, Aline Van Langendonck, Anne Cartault, Bia Chachamovitz, Bettina Vaz Guimarães, Bruno Mendonça, Carlos Nunes, Celia Saito, DW Ribatski, Letícia Rita, Fabiola Notari, Fabio Morais, Felipe Bittencourt, Felippe Moraes, Fernanda Figueiredo & Eduardo Mattos, Pedro Cappeletti, Jimson Villela, Laura Gorski, Matheus Frey, Monica Tinoco, Rafaela Jemmene, Renata Cruz, Renata Ursaia, Renato Pera, Roberto Fabra, Yara Dewachter.

ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS

ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de rodapé

Fabio Morais e Daniela Castro
Editora par(ent)esis, Florianópolis, SC, 2010
36 p.
1000 exemplares

Esse texto foi escrito em 2009 para II Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas, pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, que tinha como tema o título: Arte e Mundo após a Crise das Utopias. Não foi selecionado, mas nesse mesmo ano participou da exposição El mal de escritura: un proyecto sobre texto e imaginación especulativa, no Centro de Estudos e Documentação do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), entre 20 novembro de 2009 à 25 de abril de 2010. No final de 2010 pude publicar e fazer circular aqui no Brasil. Segue abaixo a Introdução:

“Para escrever sobre ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, usou-se o recurso de tentar entender cada palavra e como cada uma se relaciona com as outras. Onde se contaminam, se traem, se contradizem, se explicam, se amparam. Como lidar com palavras significa fatalmente escorregar na ficção, estratégias do campo literário foram adotadas em detrimento de estratégias formais do campo dissertativo. Esta escolha não significa que se alcançou a literatura, mas sim uma dissertação que se socorre na ficção, pois acha nela a generosidade da liberdade da forma como guia.

Aqui, tudo foi escrito a quatro mãos, por dois cérebros e duas paixões. Provavelmente porque o enunciado proposto já antevê a dupla (ARTE e MUNDO) e a UTOPIA sempre quis o outro, e talvez não possa abrir mão desse querer.

O texto é dividido por capítulos que aparentemente o estruturam. Porém, o efeito é o de um craquelamento do discurso. Não é uma ode ao caos. Muito pelo contrário: apenas uma desconfiança de que mosaicos ou caleidoscópios produzam imagens organizadíssimas e ressignificantes do figurativo. Há bastante tempo que, para se entender o mínimo possível, agarra-se às palavras, uma a uma, para que elas fatiem tudo em micro pedaços digeríveis. Mesmo elas sendo o cúmulo da abstração. Mesmo elas tendo a bile fraca.”

Querido diário

fabio_morais_Image00001Fabio Morais
Querido diário
São Paulo, Edições Tijuana, 2013
Offset, 13 x 10 cm, [64] p. 500 ex.
Coleção Livro de Artista – EBA/UFMG

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De um total de 36 cartões postais ou cartas que comprei em mercados de pulgas, recortei as datas em que foram escritos, sempre anteriores ao meu nascimento. Para cada data, calculei quantos dias faltavam para eu nascer e escrevi um texto que fala sobre esta espera. Para escrever, usei caligrafias apropriadas de cartas e postais que também foram escritos antes do meu nascimento.”

 “Este trabalho é um fac-simile de Querido Diário, obra de 2004 da qual com um total de 36 cartas ou postais comprados em mercados de pulgas, todos datados antes do meu nascimento, recortei as datas em que foram escritos, calculei para cada uma quantos dias faltavam para eu nascer e ainda escrevi um texto que fala sobre essa espera. Para escrever, usei caligrafias apropriadas de cartas e postais que também foram escritos antes do meu nascimento. Agora em 2013, a obra foi editada em formato de caderno, afirmando ainda mais a existência deste diário impossível”.

 Fabio Morais

http://fabio-morais.blogspot.com.br/2013/04/querido-diario-2013.html

O performer

 

Fabio Morais
O Performer
São Paulo, 2009
livro-objeto: impressão jato de tinta e peça de xadrez (Rei)
edição de 100 exemplares

http://fabio-morais.blogspot.com/2009/01/o-performer-2005.html

Algumas das performances-texto d’O Performer:
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O performer sai de casa com uma câmera fotográfica, um tripé e o bolso da calça jeans cheio de giz branco. Depois de muito caminhar, pacientemente vendo e sentindo os lugares, ele enfim escolhe um (escolha essa que mistura gostos estéticos pessoais, um punhado de boassimbologias ali detectadas, o afã de documentar o momento de uma vez por todas e até mesmo um olhar para o mundo ainda tomado de ecos da noite passada).
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O
performer pára, arma o tripé, posiciona a câmera e inicia o delicado processo de enquadrar um pequeno pedaço do resto de tudo. O enquadramento resolvido e o performer pega, no bolso da calça jeans, um punhado de giz branco. Ele agora irá, conforme o enquadramento que vê no visor da câmera, riscar o contorno deste recorte do mundo.
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O processo é lento e minucioso já que esse
retângulo tão fácil e banal que se vê no visor, ao ser desenhado no real, precisa lidar com as distâncias em trezentos e sessenta graus que rodeiam e separam todas as coisas. Por exemplo: a base do retângulo a ser traçado começa no tronco de uma daquelas árvores mas, ao fim da largura do tronco, o risco continua no muro, bem lá trás, um pouco longe da árvore e, logo depois, no banco da praça ali bem na frente, continuando no conjunto daqueles prédios ao fundo, para terminar na altura do peito do rapaz que está no primeiro plano. Traçar seu desejo de bidimensionalidade e apreensão do tridimensional é um mecanismo que requer, do performer, calma e dedicação.
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Depois de uma tarde inteira de trabalho, indo e voltando ao visor inúmeras vezes para conferir a posição e o tamanho certos dos traçados, enfim o contorno do enquadramento fica pronto. O
performer recolhe suas coisas e vai embora deixando para trás as marcas de uma escolha, cheio de esperança de que nalgum momento alguém passe pelo exato ponto onde ele fincou acâmera e, num golpe de vista, enxergue surpreso o retângulo traçado, sendo assim, de alguma forma, seu cúmplice.
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Já que não sei fotografar…
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A performance dura um mês.

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O
performer estabelece um lugar qualquer, que já faça parte de seu cotidiano, como o “palco” da performance: uma rua por onde passa diariamente, uma praça ou a padaria. Na verdade, a performance acontece pelas vinte e quatro horas de cada um dos trinta dias que ela dura.
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Porém, esse momento em que o performer irá passar diariamente pelo “lugar-palco” estabelecido é como se fosse um ponto de encontro que ele marca entre sua performance e o mundo: algo simbólico.
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No primeiro dia o
performer passa todo o dia vestido de preto. No segundo, veste-se de um cinza muito escuro, quase preto. No terceiro, de um cinza um tom mais claro que o do segundo dia. No quarto, um tom mais claro que o do terceiro. No quinto, novamente, um tom mais claro que o do quarto dia. E assim, sucessivamente, durante um mês até atingir a roupa totalmente branca no último dia da performance.
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Já que não sei pintar….

Salvar

Fabio Catador

E1P7-21

Fabio Morais
Fabio Catador
São Paulo, Dulcinéia Catadora, 2011
15 x 21 cm
capa de papelão pintado com guache
xerox, p&b
100 ex.

Este é o primeiro livro de artista do coletivo Dulcinéia Catadora, que inaugura uma nova linha editorial, em que os artistas são convidados a criar um livro especificamente para o projeto.

O coletivo, formado em parte por filhos de catadores de material reciclável, convida escritores e artistas para publicarem livros confeccionados pelos próprios integrantes do grupo. Cada livro, impresso em papel reciclado, ganha uma capa pintada pelos membros do Dulcinéia Catadora. A capa de cada exemplar é única, e todas são feitas com papelão comprado em cooperativas de material para reciclagem. Abaixo, uma amostra de várias capas:

capas

O Dulcinéia Catadora integra uma rede latino-americana de projetos-irmãos como o Eloisa Cartonera (Argentina), Sarita Cartonera (Peru), YiYi-Jambo (Paraguai), Yerba Mala (Bolívia), Animita (Chile), La Cartonera (México) entre outros.
 
Abaixo, imagens de Fabio Catador. Mais imagens, na página do artista.
Fabio Catador livro

Salvar

TRADUTORES ANÔNIMOS S.A

552775

Fabio Morais, 2012  (in progress)
16 folhas

“A intenção da Tradutores Anônimos S. A. é de fazer circular informações em português. Ela nasceu de um botar as mãos nas cadeiras e bradar: que diabo de antropofagia é essa nossa, que não traduz o que interessa? Traduzidos de forma amadora, os textos aqui vertidos para o português seguem o lema de que é preferível tê-los assim, do que não tê-los — antes mal acompanhado que sozinho. A Tradutores Anônimos S.A se desculpa publicamente com tradutores profissionais que fariam de modo espetacular o serviço aqui prestado, caso fossem contratados e pagos para tal. “

Tradutores Anônimos S.A.

A primeira ação da “Tradutores Anônimos S.A.” se deu com a tradução de um conjunto de cartas abertas do artista Marcel Broodthaers, em 2012. As cartas foram emitidas por ele no contexto de seu museu fictício e são apresentadas nessa publicação do artista Fabio Morais, em formato de documento. Presas por duas presilhas, as folhas vem dentro de um envelope de circulação interna. O projeto “Tradutores Anônimos S.A” já produziu cinco publicações em formatos variados, desde então. Dentre as traduções, estão: Desenhos Selecionados 1968-1973 (e outros desenhos), de Douglas Huebler; conjunto de textos de Harald Szeemann; um conjunto de textos de Robert Filliou e 27 cartões-eventos de Water Yam (1963), de George Brecht.

Fonte: http://fabio-morais.blogspot.com.br/2012/08/tradutores-anonimos-sa-2012-in-progress.html